Às vésperas do início e com o #MeToo abalando novamente o cinema francês, os organizadores temem, diante dos rumores de possíveis acusações de violência sexual contra figuras proeminentes presentes no evento. A presidente do festival, Iris Knobloch, afirmou na última semana que, se isso acontecesse, fariam o possível para “tomar a decisão correta, caso por caso”, e considerariam os impactos no filme em questão.
A atriz Judith Godrèche, eleita a voz do movimento na França após denunciar os diretores Benoît Jacquot e Jacques Doillon por estupro, apresentará um curta-metragem com depoimentos de vítimas de violência sexual.
Também é possível que a 77ª edição seja afetada por uma greve convocada por uma pequena associação de trabalhadores, “Sob as telas, a miséria”, para protestar contra suas condições de trabalho. Os organizadores reconheceram que estão cientes das “dificuldades enfrentadas por alguns de seus trabalhadores” e ofereceram diálogo.
George Lucas e Meryl Streep
Fora da competição, grandes produções serão apresentadas na Croisette, incluindo “Furiosa”, de George Miller, um novo episódio de sua saga “Mad Max”, e “Horizon: An American Saga”, um faroeste de vários capítulos dirigido por Kevin Costner. Outros dois pesos pesados do cinema, George Lucas, o criador de “Star Wars“, e a atriz americana Meryl Streep, vencedora de três Oscars, receberão uma Palma de Ouro honorária.
O júri, presidido pela diretora Greta Gerwig, diretora do sucesso “Barbie”, concederá o principal prêmio em 25 de maio para designar o sucessor de “Anatomia de uma Queda”, da francesa Justine Triet. O vencedor do Oscar foi o grande vencedor de 2023.