A Paris Match também escreveu que Polanski citou uma declaração atribuída a Lewis em uma entrevista de 1999 que ela deu ao News of the World, na qual ela supostamente comentou: “Eu queria ser sua amante… Provavelmente eu o desejava mais do que ele a mim”. Lewis contestou a exatidão da declaração.
A advogada de Polanski, Delphine Meillet, saudou o veredicto como “um dia importante para a liberdade de expressão e para os direitos de defesa”. “Hoje um tribunal disse: sim, é possível contestar acusações”, disse ela.
Lewis afirmou que vai recorrer do veredicto. “Sinto-me triste e decepcionada. É um dia triste para mulheres e homens. Mas ainda não acabou. Vamos recorrer”, disse Lewis, chorando.
Polanski, diretor de filmes clássicos como Chinatown, O Bebê de Rosemary, O Pianista e Deus da Carnificina, fugiu da Califórnia para a Europa em 1978 depois de se declarar culpado de sexo ilegal com uma menina de 13 anos, mas antes de ser formalmente condenado.
Depois que o movimento #MeToo ganhou força global em 2017, após alegações de abuso sexual contra o produtor de cinema norte-americano Harvey Weinstein, várias mulheres alegaram que Polanski as havia agredido sexualmente quando eram adolescentes.
Polanski sempre negou as alegações, que nunca foram a julgamento, mas desde então ele tem tido dificuldade em garantir acordos de distribuição global para seus filmes, mesmo que os atores ainda estejam fazendo fila para trabalhar com ele.